Cosmic Sans
O D. Maria II e a NTT DATA Portugal, parceira de inovação deste Teatro, convidaram Jorge Jácome, cineasta português, para criar uma obra original, no formato digital, que refletisse as missões de ambas as instituições e reafirmasse o compromisso em fomentar um pensamento estratégico sobre as artes do futuro. O resultado é Cosmic Sans, videoinstalação que estará patente no Teatro Variedades, durante o mês de julho.
Esta nova criação de Jorge Jácome é uma peça que cabe na mão. O espectador acompanha um diálogo fragmentado entre um "Baby” e um eu-lírico presos em fusos horários diferentes. Entre texto e imagem, gesto e pixel, desenha-se uma reflexão sobre o tempo, a perda do toque e o papel ancestral das mãos, desde as sombras nas cavernas ao deslizar de uma imagem.
Num vaivém entre mito e meme, carvão e código, evocam-se fotografias antigas, tecnologias, teatro e SMS. No centro, está o gesto: o movimento das mãos – sensoriais, coreográficas, "paneleiras” – como forma de visibilidade e reinvenção.
Entre pulsações digitais e memórias gráficas, Cosmic Sans propõe uma nova tipografia: um convite a imaginar outras formas de dizer, de tocar, de comunicar — mesmo quando já não há gruta nem palco.
Entrada livre
Duração: 17 min
realização e montagem Jorge Jácome
texto André e. Teodósio, Jorge Jácome
imagem Marta Simões, Jorge Jácome
imagens adicionais Renato Chorão
som Shugo Tekina
assistente de realização David Cabecinha
direção de produção Joana Costa Santos
administração Agência 25
agradecimentos Egor Shishkin, June João, Nuno Ferreira, Paula Tomás Marques, Rita Gomes