Celebrando o seu 10.º aniversário – abriu as portas, pela primeira vez, a 5 de abril de 2013 –, o Atelier-Museu Júlio Pomar volta a partilhar com o público os núcleos fundamentais do seu acervo.
As obras em exposição, surpreendentes pelo seu caracter plástico e disruptor, abrangem diversas épocas e vários temas, como retratos e autorretratos – género que Pomar nunca deixou de praticar –, um bestiário, de animais mais e menos estranhos, ou a Literatura, com destaque para duas das maiores e mais significativas telas do acervo: Navio Negreiro e Cartilha do Marialva.
De salientar, nesta exposição, um conjunto de estudos e documentos alusivos aos murais que Júlio Pomar criou no Cinema Batalha, no Porto. Iniciados em 1946, quando Pomar tinha apenas 20 anos, os frescos só ficaram terminados no final de 1947, pois o artista foi, entretanto, detido pela PIDE. Julgados perdidos para sempre, foram recentemente descobertos e recuperados, depois de eliminadas as sete camadas de tinta que os cobriam, entre elas a da censura que, em 1948, havia decidido ocultá-los para sempre.
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