Abril no Atelier-Museu Júlio Pomar
O Tom do Pomar [Invasor Abstracto #7]
Até 26 maio, terça a domingo, 10h00-13h00 e 14h00-18h00
Nesta «ocupação» do Atelier-Museu Júlio Pomar, o OSSO colectivo propõe estabelecer um conjunto de vizinhanças entre uma seleção de obras de Pomar, do acervo do museu e de outras coleções, públicas e privadas, e as suas observações sonoras e visuais dos territórios sociais, naturais, simbólicos e materiais da aldeia de São Gregório, nas Caldas da Rainha, onde se encontra a sua sede. A exposição tem como ponto de partida o registo áudio de Júlio Pomar a trabalhar no seu ateliê. Destacam-se também as pinturas Gadanheiro (1945) e Estudo para o Ciclo do Arroz II (1953), apresentadas pela primeira vez no AMJP.
A exposição conta com a participação de Rita Thomaz, Nuno Morão e Ricardo Jacinto e leva até ao AMJP a aldeia de São Gregório, gerando um território imaginário que é também um espaço de criação, reflexão e apresentação pública, valorizando aquilo que foi uma possibilidade do 25 de Abril: o trabalho colaborativo.
Júlio Pomar – 50 anos do 25 de Abril
A revolução do 25 de Abril de 1974 surpreendeu Júlio Pomar em Portugal, onde permaneceu até ao mês de junho. Durante esse período, participou em intervenções públicas de artistas, nomeadamente numa ocultação da estátua de Salazar existente no Palácio Foz e na festa do 10 de Junho, durante a qual 48 artistas realizaram uma pintura coletiva para celebrar a conquista da liberdade.
No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o Atelier-Museu Júlio Pomar organiza uma pequena publicação que dá a conhecer as obras e as reflexões que Júlio Pomar fez em torno desse momento marcante da história portuguesa, com textos, excertos de entrevistas e fotografias, realizadas em 1974.