Abril no Teatro São Luiz
MAIS UM DIA
Comissariado por Tiago Bartolomeu Costa
teatrosaoluiz.pt
No dia 24 de março deste ano, cumprimos mais um dia em democracia do que aqueles que o país viveu em ditadura, entre o golpe militar de 28 Maio 1926 e a revolução de 25 Abril 1974. Esse dia simbólico é o mote para um programa especial que, festejando-o, se compromete com a memória e procura compreender os diferentes modos de contar a história.
48 Memórias
Exposição com curadoria de Tiago Bartolomeu Costa
18 a 30 de abril
Durante duas semanas, expõem-se materiais que guardam as muitas histórias de um Teatro que viveu paredes meias com a sede da polícia política.
Teatro: Lugar Político e de Políticas
Conferência – Sérgio de Carvalho
18 abril, 18h30
Modos de Censura e Resistência
Mesa Redonda – Christine Zurbach, Francesca Rayner, Graça dos Santos, Maria do Carmo Piçarra, Nuno Moura
18 abril, 20h
Luca Argel – Samba de Guerrilha de Cena
Concerto de Luca Argel, Nádia Yracema e António Jorge Gonçalves
21 abril, 20h
Terceira fase de um projeto de investigação musical do brasileiro Luca Argel, em que cada história reflete um episódio de resistência política contra a escravidão e o racismo, protagonizada pelas manifestações culturais da diáspora africana no Brasil.
Conversas Fumaça
Estas conversas são duas pistas sobre o antes e depois de um tempo ainda próximo. Uma entrevista e um debate moderado pelo podcast de jornalismo de investigação Fumaça para ir além dos dias da ditadura.
22 abril, sexta, 19h
A queda de uma república: como começou a ditadura?
com Maria Alice Samara
28 abril, quinta, 19h
A dívida pública do colonialismo
com Elísio Macamo, Jessica Bruno e Yussef
Margaret Atwood
Encontro
23 abril, 16h30
Uma conversa entre a escritora canadiana e Alberto Manguel, onde se cruzam lutas e causas que, em muitos casos, acompanham os valores de Abril. Uma obra literária de cariz universal, onde as personagens femininas são motores de transformação social.
Margaret Atwood é membro honorário do Espaço Atlântida – Centro de Estudos de História da Leitura
Este encontro inaugura o ciclo de conferências Conversas de Lisboa, organizado pelo Espaço Atlântida – Centro de Estudos de História da Leitura
Memórias de uma Falsificadora
Teatro
23 a 30 de abril, segunda a sábado, 19h30; domingo, 16h
Joaquim Horta adapta ao teatro o livro de Margarida Tengarrinha Memórias de Uma Falsificadora – A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal, que conta como a autora usou a sua habilidade de artista plástica e estudante de Belas Artes ao serviço da falsificação de documentos, garantindo o trabalho dos resistentes à ditadura de Salazar.
#25AbrilSempre
19, 24 e 26 abril
vários espaços do Teatro
19 abril, terça, 11h; 26 abril, terça, 15h
Democracia e Resistência
com Rita Rato
Um dos objetivos de MAIS UM DIA é a promoção junto das gerações mais jovens da reflexão e da ativação da memória do passado que herdámos e de como nos foi legado. A pensar na importância da educação na defesa dos valores e princípios da nossa Democracia, a programação inclui sessões para escolas, organizadas com o Museu do Aljube, para debater os conceitos e a importância de se saber o que significam a democracia e a resistência para aqueles que nasceram muito depois de 1974. Com visita guiada à exposição.
Marcação através do email maisnovos@teatrosaoluiz.pt
24 abril, domingo, 21h às 24h
Memória Futura
Na mais longa das noites de todas as noites em que acontecemos, como poderia ter cantado Carlos do Carmo, o São Luiz lembra quem, neste Teatro, foi proibido de fazer o que melhor sabia. Juntando-se a todas as placas que aqui foram sendo descerradas, haverá mais uma, simbólica mas sentida, recordando quem não calou o que o regime mandava. O São Luiz homenageia os artistas que foram censurados, os públicos que não o foram, o país que não existiu e passará a guardar em pedra a memória de quem resistiu. Depois, à hora das senhas, as vozes de Paulo de Carvalho e José Afonso ecoarão a partir de um Teatro aberto para ser visitado, homenageando as vozes dos que sofreram a tortura dos interrogatórios da sede da PIDE que, entre 1955 e 1974, fez fronteira com o São Luiz.
Fraternité, Conte Fantastique
Teatro
26 e 27 abril, 20h
Caroline Guiela Nguyen e a sua companhia Les Hommes Approximatifs apresentam um espetáculo que espelha o trabalho que têm desenvolvido juntando ficção e realidade e acreditando sempre que o imaginário do ser humano é a sua grande arma.
A História que vamos continuar a escrever
Conferências
Este ciclo de encontros e conferências procura lançar questões e problematizar matérias que, não esgotando as frentes de reflexão, faz balanços sobre dimensões sociais, políticas, económicas, históricas, culturais que nos surgem como estruturantes no modo como devemos pensar o país.
29 abril, sexta, 20h
Fantasmas: a imaginação sob influência
com Margarida Medeiros, Paulo Pires do Vale, Victor Barros
30 abril, sábado, 15h
Ética e Economia
com Nuno Aguiar, Ricardo Paes Mamede, Susana Peralta
30 abril, sábado, 17h
Repressão, ideologia e ordem
com Irene Flunser Pimentel, Nuno Gonçalo Poças, Ricardo Cabral Fernandes
30 abril, sábado, 20h
Democracia: património de quem?
com Francisco Mendes da Silva, Isabel Moreira, João Marecos
Um projeto São Luiz Teatro Municipal, coproduzido com Museu Nacional do Teatro e da Dança, em cooperação com Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em parceria com Espaço Atlântida – Centro de Estudos da História da Leitura e podcast de jornalismo de investigação Fumaça.
Colaboração: Arquivo Municipal de Lisboa, Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, Fundação Mário Soares e Maria Barroso, Museu do Fado, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, Escola Superior de Teatro e Cinema, Teatro Nacional Dona Maria II, Torre do Tombo/Direção-geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, Rádio e Televisão de Portugal, Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, Departamento de Património Cultural/Câmara Municipal de Lisboa, Museu de Lisboa, Museu da Marioneta
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