Lisboa Mistura
Continua a ser necessário dar visibilidade à beleza da diferença, à herança da curiosidade porque estamos num mundo em guerra que transformou os emigrantes em refugiados. Esta edição do Lisboa Mistura é também um momento de construção da alegria necessária para vivermos lado a lado, resistindo à aniquilação da diferença e à violência destes tempos.
O Lisboa Mistura 2022 será um ponto de viragem neste evento – desde 2006, um espaço intercultural destinado ao conhecimento e à inscrição de novas linguagens e tendências da cidade – começando a ter uma atenção muito especial a projetos artísticos que integrem a coragem necessária à mudança social e comunitária e que contenham em si um experimentalismo de vanguarda, a ferramenta que esbate o fosso entre alta e baixa cultura. O Lisboa Mistura quer daqui em diante juntar a “world music” aos bairros de Lisboa gerando novas perspetivas de relacionamento entre diferentes escalas.
18 de junho
16h | Pátio das Tílias
Jornalismo de proximidade
Encontro com a Mensagem, Setenta e Quatro e Viver Telheiras
Curadoria Associação Sempre Ligados
17h | Palco Serviços Educativos
Kateryna Àyvdish
Kateryna Àvdysh é uma jovem cantora e pianista ucraniana que se apresenta com repertório de temas originais da artista e arranjos de canções ucranianas. A ideia principal de Àvdysh é destacar a música moderna, língua e cultura ucraniana. A artista junta a liberdade da música jazz, a profundidade dos costumes ucranianos e a visão do mundo em forma de arte contemporânea.
18h
Performance Itinerante
D’Improviso | Orquestra de Percussão e Sopros
A Orquestra de Percussão e Sopros é um programa experimental que recorre à improvisação e aos ritmos de vários estilos musicais como veículos criativos e de intervenção social. Uma orquestra sustentável, constituída por participantes de várias zonas de Lisboa – juntando bairros como Alta de Lisboa, Carnide, Intendente e Marvila – que aliam os instrumentos convencionais e outros, construídos através da reutilização de materiais diversos.
Projeto ao abrigo do D’IMPROVISO que se enquadra na operação “Projetos Inovadores e/ou Experimentais para o Desenvolvimento de Novas Estratégias Locais de Intervenção Social” para a concretização de Estratégias de Desenvolvimento Local (coordenados pela POR Lisboa 2020 e GAL DLBC Lisboa) a nível geral no território de Lisboa.
19h | Palco principal
ANIM apresenta TARANUM
O Afghanistan National Institute of Music (ANIM) apresenta TARANUM, um conjunto de músicos que toca instrumentos tradicionais afegãos e que nos últimos anos tem somado atuações dentro e fora de portas. O programa deste concerto inclui duas peças clássicas afegãs, um trio de cítara, um trio Rubab, canções folclóricas afegãs, peças vocais Badakhshi e, a terminar, um medley de canções afegãs.
21h | Palco principal
JazzOPA com Alice Neto de Sousa, Beware Jack e Tilt
A ASL criou o projeto JazzOPA, que reúne o jazz, spoken word e hip-hop, numa linguagem desafiadora e socialmente consciente. Este projeto estimula a profissionalização dos participantes, dando-lhes ferramentas de trabalho que lhes permitam desenvolver as suas competências artísticas e de produção musical.
Com: CADI, Noiatt May e convidados Alice Neto de Sousa, Beware Jack e Tilt, Mariana Trindade, Mateja Dolsak, Tom Maciel, Zé Almeida e Miguel Fernández.
Parceiro Institucional: República Portuguesa / Garantir Cultura
22h30 | Palco principal
Bateu Matou
Grupo formado por Ivo Costa (Batida, Sara Tavares), Quim Albergaria (Paus) e Riot (Buraka Som Sistema). Para além de banda improvável, que junta tambores e computadores, os Bateu Matou são
também uma tripla de produtores que traz uma abordagem percussiva, cruzando o contemporâneo e o tradicional, em colaboração com algumas das vozes mais inspiradoras em Portugal.
Dia 19 de junho
16h
A Cultura como Ativo da Cidadania
Encontro com Curadoria Gerador
17h | Palco Serviços Educativos
Shaka Lion
Se hoje se fala tanto em mistura e interculturalidade, Shaka Lion não é apenas um reflexo musical. É, de corpo inteiro, sem fronteiras, entre o Brasil onde nasceu, o Barreiro onde cresceu e a Lisboa onde se move, o gravitacional para um universo que é o mundo. Um DJ que conduz o público a uma viagem do ontem e do amanhã sendo capaz de criar edits e remixes ao vivo enquanto usa o set up como o seu próprio instrumento.
18h30 | Palco principal
OPA - Oficina Portátil de Artes
A OPA tem trabalhado com centenas de jovens de diversas origens e bairros da Área Metropolitana de Lisboa. Através de workshops dirigidos por Francisco Rebelo, são dadas ferramentas técnicas
e artísticas que permitem uma evolução acompanhada e, ao mesmo tempo, um lugar em palcos centrais da cidade.
Com: Brain da 6eniou$, Cora x Jackie, Elton Faray, G Fema, O Partido (João Pestana e Uno) e Tsuki.
Projeto ao abrigo do D’IMPROVISO que se enquadra na operação “Projetos Inovadores e/ou Experimentais para o Desenvolvimento de Novas Estratégias Locais de Intervenção Social” para a concretização de Estratégias de Desenvolvimento Local (coordenados pela POR Lisboa 2020 e GAL DLBC Lisboa) a nível geral no território de Lisboa.
Apoio: Antena 3.
21h00 | Palco principal
Thomas Attar & Tó Trips
Um dos músicos portugueses ativos mais interessantes, Tó Trips (Dead Combo, Clube Makumba) é um monumento e força motriz da cena lisboeta, ultrapassando os limites físicos e geográficos da guitarra. A decisão de unir forças com produtor Thomas Attar (Al-Qasar) foi enraizada num foco mútuo nas escalas árabes e nas batidas africanas, uma visão artística compartilhada da música como folclore global com grooves modernos e profundas raízes culturais.
22h30 | Palco principal
Cachupa Psicadélica convida Danae Estrela, KRIOL e Scúru Fitchádu
Nascido e criado na ilha de São Vicente (Cabo Verde), Lula’s (Luís Gomes) foi criança nos anos 80 e apaixonou-se pelo rock de Seattle na adolescência, num Mindelo de roqueiros latinos. De repente, deu por si a estudar nas Caldas da Rainha e, alguns projetos musicais depois, encontrou-se na encruzilhada da sua Cachupa Psicadélica, saída das entranhas de Cabo Verde. Nomeado na categoria Artista Musical do Ano nos prémios “Somos Cabo Verde – Melhores do Ano”, conta com dois discos editados: “Último Caboverdiano Triste” (2015) e “Pomba Pardal” (2019). Apresenta-se no Lisboa Mistura com Danae Estrela, KRIOL e Scúru Fitchádu, para encerrar a edição de 2022.