Lisboa Soa
Festival de arte sonora itinerante e participativo que valoriza a criação artística, atribuindo-lhe um contexto social e ecológico. Este ano tem como mote a Reinvenção e divide-se entre as Carpintarias de São Lázaro e o Museu de Lisboa - Teatro Romano.
INSTALAÇÕES
Até 28 de agosto
14h00 - 20h00
MIKHAIL KARIKIS
Acoustics of Resistance
Instalação vídeo e som
Carpintarias de S. Lázaro
Acoustics of Resistance reúne um novo conjunto de trabalhos que reflete sobre a emergência climática. Em três instalações de som e vídeo (Surging Seas, Weather Orchestra e No Ordinary Protest), o artista explora a escuta como forma de cuidado, solidariedade e ativismo, e propõe a produção de som como uma ação sociopolítica vital que nos ajuda a cultivar visões comuns, galvanizar soluções imaginativas e celebrar o nosso envolvimento com o mundo.
26 - 28 de agosto
10h00 - 18h00
DAWN SCARFE
Outside Influence
Museu de Lisboa - Teatro Romano (Casa de Fresco e terraço)
Instalação constituída por uma série de recipientes sensíveis ao som do ambiente. Volumes de ar dentro de cada vaso vibram em taxas específicas, com cavidades maiores respondendo a sons mais baixos e corpos menores respondendo a registos mais altos. Uma mistura de pequenos microfones, transmissores e altifalantes dentro dos vasos permite trocas lúdicas entre o espaço acústico, objetos e o seu entorno. Os vidros são modelados em ressoadores científicos do século XIX, usados para identificar tons ou notas particulares no som de instrumentos musicais.
PERFORMANCES
26 de agosto
19h30
RICARDO MARTINS
Museu de Lisboa - Teatro Romano
"Ocaso" é a nova criação de Ricardo Martins. Trata-se de uma continuação do trabalho desenvolvido em Incerteza Absoluta e Chão de Cobras, criado para o festival Lisboa Soa. Celebra o desmoronamento em formato canção. Com bateria, voz, sensores, gravações e sintetizadores modulares. Cogita sobre o fim do fim, a parte final da parte final.
26 de agosto
22h00
CLOTHILDE
Carpintarias de São Lázaro
Clothilde e as suas máquinas modelares aperfeiçoam o lado primitivo da exploração e criação na eletrónica, trabalhando a sensibilidade e a curiosidade do ouvinte. Twitcher (Labareda, 2018) e Os Princípios do Novo Homem (Holuzam, 2021) oferecem coordenadas para a intensidade da procura da realidade de Clothilde: som puro, orgânico e claro.
27 de agosto
17h00
RICCARDO LA FORESTA
Drummophone installation
Museu de Lisboa - Teatro Romano
Riccardo La Foresta vem apresentar a sua última instalação sonora, desenvolvida no outono para o festival Unsound de Cracóvia: uma intervenção site specific que esbate a linha entre performance sonora e sound art. Uma pilha de baterias, que se assemelha a um órgão de igreja, cria colunas de som, ressonâncias e arpeggios lentos, revelando uma nova arquitetura do Museu de Lisboa - Teatro Romano.
27 de agosto
22h00
HANNA HARTMAN
SOLO for amplified and moving objects + CRUSH
Carpintarias de São Lázaro
Artista sueca baseada em Berlim, é uma meticulosa tecelã sónica e uma catalogadora de objetos sonoros hyper-specific. Desde há décadas que constrói um profundo banco de memórias. Compôs peças para rádios, música eletroacústica, ensembles, instalações sonoras e tem feito inúmeras performances pelo mundo fora. Dos prémios e bolsas que recebeu destacam-se o Karl-Sczuka-Preis, o Phonurgia Nova Prize, a Grant Villa Aurora e o Rosenberg Prize.
28 de agosto
18h30
MARIA KOMAROVA
555 bugs
Museu de Lisboa - Teatro Romano
Maria Komarova faz uso de objetos encontrados e de instrumentos eletroacústicos caseiros para criar uma paisagem onde materiais elementares encontram novos significados. Interagem, movem-se, ressoam e produzem pequenos sons: sussurros, estalidos, guinchos e rangem. Os objetos tornam-se seres sónicos específicos com qualidades próprias. O aparente lado repetitivo e primitivo da paisagem sonora transporta o ouvinte a um mundo de campainhas de mentol, sereias de um olho, girinos de limão, tigres de gengibre, insetos de plástico e outros bichos.
19h30
LU:WN
Museu de Lisboa - Teatro Romano
lu:wn é um projeto colaborativo entre Dawn Scarfe e Lucia H Chung que explora repetição e ressonância em sistemas acústicos e eletrónicos. O performer é a corda de uma guitarra elétrica: tocada sem ser tocada, usando excitadores eletromagnéticos que escutam a corda e direcionam um campo oscilante simpático de volta para ela, fazendo-a vibrar. Os 'arrepios' da corda são ocasionalmente ajustados com molas. Este som é então samplado através de um circuito de loop secundário, criando “cascatas de consequências” através de feedback em diferentes formas.
WORKSHOPS
23 - 27 de agosto
PABLO SANZ
Soundwalking Lisboa
Carpintarias de S. Lázaro
inscrições: lisboasoa@gmail.com
Os participantes trabalharão com áudio geolocalizado para compor peças e narrativas sonoras que formarão um itinerário entre as Carpintarias de São Lázaro e o Museu de Lisboa - Teatro Romano. O trabalho será baseado na exploração da arquitetura sonora da cidade, vozes humanas e não humanas, expressões e identidades sonoras, materialidades urbanas e o poder afetivo do som. A obra de arte pública invisível resultante, criada coletivamente, usará a plataforma digital ECHOES e permanecerá disponível para ser experimentada in situ a qualquer momento após o festival. Aberto a todos, não há conhecimento específico necessário, embora a familiaridade com ferramentas de som digital seja útil. Os participantes são convidados a trazer o seu computador com software de edição de áudio instalado (REAPER, Audacity ou outros), headphones, um dispositivo móvel (iOS/Android) e qualquer equipamento de som portátil que possa ter ou desejar usar. Pedimos empenho e participação ao longo da semana.
28 de agosto
1h30 - 13h00
MARIA KOMAROVA
Workshop de eletrónica para crianças
Museu de Lisboa - Teatro Romano
inscrições: lisboasoa@gmail.com
Maria Komarova é uma artista intermedia natural da Bielorrússia que se dedica essencialmente ao teatro pós-dramático, à cenografia, ao som e às artes visuais. Centra a sua prática artística na exploração do agenciamento dos objetos, de várias entidades inanimadas e na descoberta de formas de interação entre elas. Trabalha com o princípio de repensar as funções primárias das coisas e o uso consciente das tecnologias existentes.
Raquel Castro, direção artística
Hélder Nelson, direção técnica
Rita Maia, produção executiva
Tiago Silva e Luís Alcatrão/ Ghost Creative Productions, produção
Carla Martinez, cenografia e assistência artística
Carla Isidoro, comunicação e imprensa
Museu de Lisboa – Teatro Romano: acesso ao Museu: levantamento de bilhete, das 10h00 às 18h00; acesso às performances: levantamento de bilhete no próprio dia, a partir das 15h00
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