Vilancicos e Natal Português · Coro de Câmara Lisboa Cantat
Uma viagem musical ao imaginário do nascimento de Jesus, através dos sons ibéricos do século XVII e do cancioneiro popular e tradicional português recuperado por compositores portugueses dos séculos XX e XXI.
Sob direção do maestro Jorge Carvalho Alves, serão interpretados vilancicos e motetos da época renascentista, canções tradicionais portuguesas recolhidas ao longo dos anos e registadas, por exemplo, nas Primeira e Segunda Cantatas de Natal, de Fernando Lopes-Graça, no Magnificat em talha dourada, de Eurico Carrapatoso, ou nas composições de Fernando Lapa. Em todas as peças, encontramos quadros que retratam os diversos episódios em torno do nascimento de Jesus, desde a Anunciação à visita dos pastores, a Sagrada Família e a visita dos Reis Magos.
Programa
Vilancicos e Motetes da Festa do Natal
O Magnum mysterium, de Pedro de Cristo
Hodie nobis de coelo, de Pedro de Cristo
Ay mi dios, de Pedro de Cristo
Es Nascido, de Pedro de Cristo
Pois sois mãe da flor do campo, autor anónimo
Pois con tanta graça, de Gaspar Fernandes
Negrinho tiray vos, de Gaspar Fernandes
Sã qui turo, autor anónimo
Natal Português
Cantatas de Natal, de Fernando Lopes Graça
Do Varão nasceu a vara, tradicional (Beira Litoral)
Pela noite do Natal, tradicional (Alentejo e Beira Baixa)
Em Belém o Salvador, tradicional (Ribatejo)
Os pastores em Belém, tradicional (Vila Nova de Foz Côa, Alto Douro)
Nasceu, já nasceu, tradicional (Vidigueira, Beja)
O Menino nas palhas, tradicional (Beira Baixa)
Canções de Natal, de Eurico Carrapatoso
Ó Bento airoso, tradicional (Paradela, Miranda do Douro)
Ó meu menino, tradicional (Pias, Serpa)
Canções de Natal, de Fernando Lapa
Eu hei-de m’ir ao presépio, tradicional (Elvas)
Nasceu-vos hoje um salvador, tradicional
Pastores que andais na serra, tradicional (Trás-os-Montes)
Coro de Câmara Lisboa Cantat Fundado em 2006 como uma das atividades da Associação Musical Lisboa Cantat, tem um repertório vasto, com obras que vão do período Barroco ao Contemporâneo. Já realizou mais de 80 concertos e foi dirigido pelos maestros Cesário Costa, Henrique Piloto, Laurent Wagner, Nuno Côrte-Real, Clara Coelho, Marcos Magalhães e pelo seu maestro titular, Jorge Carvalho Alves.
Jorge Carvalho Alves Iniciou a sua carreira como Diretor Coral com o Coro de Câmara Syntagma Musicum, que fundou em 1985 e com o qual obteve o primeiro prémio no concurso “Novos Valores da Cultura – Música Coral“ em 1988, atribuído pela Secretaria de Estado da Cultura. Trabalha com diversos coros, seja como Diretor Coral, Maestro ou Cantor.
Pedro Cristo (1545/1550-1618) Compositor português da Renascença, um dos mais importantes polifonistas dos séculos XVI-XVII. Deixou uma vasta obra vocal polifónica de 3 a 6 vozes, compreendida por inúmeros motetos, responsórios, salmos, missas, hinos, paixões, lamentações, versos aleluiáticos, cânticos e vilancicos espirituais. Passou a maior parte da vida em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz.
Gaspar Fernandes (1566-1629) Um dos compositores mais influentes na música produzida na América do Sul no final do século XVI e início do século XVII, ativo nas catedrais de Guatemala e Puebla, atual México.
Fernando Lopes-Graça (1906-1994) Compositor, pianista, maestro e musicólogo, figura ímpar da Cultura portuguesa. Fortemente influenciado pela música de cariz popular e tradicional, deixou no repertório coral sinfónico parte fundamental da sua obra.
Eurico Carrapatoso (n.1962) Compositor português, considerado um dos mais relevantes da atualidade. As suas composições incluem obras sinfónicas, óperas, música de câmara para diversas formações e música coral. Desde 1989, é professor de Composição no Conservatório Nacional e recebe regularmente encomendas de instituições nacionais e estrangeiras da área da cultura e a sua obra tem vindo a ser executada, editada e difundida, desde 1992, em vários países.
Fernando Lapa (n.1950) Compositor português, com mais de 100 obras em quase todos os géneros musicais: coros, ensembles câmara, instrumentos solo, orquestras sinfónicas, música eletroacústica. Compõe bandas sonoras para cinema e teatro, bem como obras infantis, arranjos de música tradicional e um grande número de outros arranjos, transcrições, orquestrações e adaptações.
Igreja do Santo Condestável Consagrada e inaugurada em 1951, a Igreja do Santo Condestável foi edificada no contexto das "Novas Igrejas", um desenvolvimento peculiar do programa modernista que procurou conciliar as proporções ensaiadas pelo modernismo e permitidas pelos novos materiais e técnicas, recorrendo ao revivalismo dos estilos. É um templo neogótico, projetado em 1946, pelo arquiteto Vasco Regaleira. No interior acolhe as relíquias de D. Nuno Álvares Pereira, o Condestável, num túmulo relicário executado, em 1953, pelo escultor Domingos Soares Branco. Merecem, ainda, referência os vitrais que iluminam os altares laterais, da autoria de Almada Negreiros, alusivos à devoção do Santo Condestável a Cristo e Sua Mãe, e as esculturas de Leopoldo de Almeida.