O Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH e o Padrão dos Descobrimentos/EGEAC anunciam a criação do Prémio Amílcar Cabral.
O Prémio visa promover a investigação científica sobre as resistências anticoloniais e consiste numa bolsa atribuída anualmente a um/a investigador/a recém-doutorado/a numa universidade estrangeira ou nacional. Na sua primeira edição, anunciada simbolicamente no dia 10 de Junho, o Prémio Amílcar Cabral será atribuído por um júri composto por António Tomás (Universidade de Joanesburgo), Francisco Bethencourt (King’s College London) e Manuela Ribeiro Sanches (Instituto de História Contemporânea).
Nascido em Cabo Verde em 1924, Amílcar Cabral licenciou-se em 1948 na cidade de Lisboa, onde estudou Agronomia e participou de atividades políticas e intelectuais na órbita da Casa de Estudantes do Império. Posteriormente, contribuiu de forma singular para o fim do colonialismo europeu em África. Protagonista de momentos importantes da história global do nosso passado recente, como por exemplo a Conferência Tricontinental realizada em Havana em 1966, liderou o Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde na luta pela libertação do colonialismo português.
Com este prémio, o Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH e o Padrão dos Descobrimentos/EGEAC, visam promover a investigação científica e o debate público sobre as resistências anticoloniais e os processos coloniais que marcam a história do mundo desde a atualidade até ao século XV.