Ao natural, em alto contraste e com um toque à Andy Warhol. Assim começa, em 2003, a história de uma formidável marca da cidade de Lisboa e das suas festas populares de junho, em resposta a uma encomenda da EGEAC. O sucesso da Sardinha gráfica foi instantâneo e transversal, replicando o da iguaria gastronómica. Pensada para durar um ano, já vai em vinte. Obra de inspiração e muito suor do design e do marketing, a Sardinha agradou ao castiço, ao erudito e ao turista.
Em 2011, democratiza-se e ilustra-se pelas mãos do povo. Um concurso anual e planetário, traz a Lisboa Sardinhas de mais de 100 países. Tanto entusiasmo à volta da Sardinha até compromete as quotas da pesca para tempos vindouros. Mas a Sardinha sabe de si e de nós. Nestes 20 anos, sempre em festa, clonou e gozou com o folclore lisboeta e nacional, reclamou fileira nas indústrias criativas e animou a indústria conserveira e as boutiques de enlatados. Abriu consultório de psicanalista, fez-se cartoon e caricatura dos fait divers da governança pública. E agora, dá-nos lições de educação ambiental e cívica, levando a sério as causas fraturantes do nosso presente e futuro.
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