Homens Hediondos
Quem são os “homens hediondos”? Criaturas feias, repugnantes, monstruosas? Ou pessoas banais com quem nos relacionamos todos os dias, no trabalho, nos transportes, nos cafés, em casa? Essa imensa maioria que perpetua os mesmos comportamentos e relações de poder, e cuja violência muitas vezes aceitamos em nome da “estabilidade” e do “nosso estilo de vida”.
A nova criação de Patrícia Portela, um solo interpretado por Nuno Cardoso, parte do livro "Breves Entrevistas com Homens Hediondos" (1999), do escritor norte-americano David Foster Wallace, para nos confrontar com aqueles momentos em que somos apanhados a tolerar um sistema que tão ativamente condenamos. Recorrendo, nas palavras da dramaturga, às “capacidades metamórficas e camaleónicas de Nuno Cardoso”, este espetáculo faz desfilar vários monólogos de personagens masculinas que se vão transformando em “homens cada vez mais hediondos”.
Até que ponto seremos capazes de reconhecer nestas histórias a nossa própria história?
A partir de "Breves Entrevistas com Homens Hediondos", de David Foster Wallace
Tradução, Dramaturgia, Encenação, Vídeo, Figurinos e Cenografia Patrícia Portela
Interpretação Nuno Cardoso
Desenho de Luz Cárin Geada
Desenho de Som Miguel Abras
Pós-produção Vídeo Irmã Lúcia, a partir de imagens de Leonardo Simões
Assistência de Encenação Pedro Nunes
Produção Teatro Nacional São João
Duração: 1h45
Classificação Etária: M/16