Carlos Paredes foi um dos maiores compositores e intérpretes que a guitarra portuguesa conheceu. O guitarrista deu continuidade a uma linha familiar de gerações de músicos, mantendo-se leal à tradição e ao estilo de origem, tocando a guitarra de Coimbra com uma abordagem pessoal que o levou aos principais palcos mundiais e a trabalhos conjuntos com outros grandes intérpretes. Carlos Paredes viveu sobretudo em Lisboa e a cidade inspirou muitas das suas composições.
Em 2025 celebra-se o centenário do seu nascimento e o programa de comemorações será definido pelo grupo de trabalho criado pelo Ministério da Cultura, coordenado pelo advogado Levi Batista, amigo e executor do testamento de Carlos Paredes, e composto pelo historiador António Nunes, pela diretora do Museu do Fado, Sara Pereira, pelo coordenador da equipa de instalação do Arquivo Nacional do Som, Pedro Félix, e por Filipa Alfaro, em representação da área governativa da Cultura.
Antecipando as comemorações, convidamos a visitar o Museu do Fado, onde pode ser vista uma das guitarras tocadas pelo mestre, bem como um estudo para retrato do guitarrista desenhado por Júlio Pomar. Na entrada, podemos ainda encontrar uma obra representando o guitarrista, da autoria de Pedro Guimarães. Em 2000, o Museu produziu a exposição “Estar com Paredes”, em que deu a conhecer o percurso biográfico e profissional de Carlos Paredes, que voltou a ser visitável em Madrid e Sevilha, em 2016, e em Buenos Aires, na Argentina, durante a 6ª Edição do Festival do Fado, em 2019. Da exposição resultou um livro com o mesmo título, assinado por Sara Pereira e Susana Serra.