As mulheres que celebram as Tesmofórias
Poderá o teatro ser, realmente, uma espécie de arqueologia experimental?
Em As mulheres que celebram as Tesmofórias, Odete revisita um dos textos menos conhecidos de Aristófanes, Thesmophoriazusae. Escrito em 411 A.C., o original apresenta diversas mulheres atenienses reunidas no templo de Deméter e Perséfone para celebrar o festival das Tesmofórias, ocasião em que a presença masculina é proibida. Nesse espaço sagrado elas planeiam vingar-se de Eurípides pela forma como são retratadas nas
suas tragédias.
Na proposta de Odete, o elenco trabalha o texto como se tratasse de uma experiência arqueológica. Este é escavado e retirado da terra de Deméter para ser polido pela língua encharcada do presente. Analisam-se termos, experimentam-se instrumentos, roupa e ditados atenienses.
Esta criação conclui o processo de investigação que Odete realizou, ao longo de três anos, no contexto do projeto STAGES (Sustainable Theatre Alliance for a Green Environmental Shift), cofinanciado pela União Europeia e do qual o Teatro Nacional D. Maria II é parceiro.
Criação Odete
A partir de Aristófanes
No âmbito do projeto STAGES
Interpretação Ângelo Custódio, Cru Encarnação, Odete, Puta da Silva, Tita Maravilha
Apoio à pesquisa Gisela Casimiro, João Paulo André, Pedro Augusto, Puta da Silva
A apresentação de 11 de junho acontece no âmbito da 8.ª edição da PT.25 – Plataforma Portuguesa de Artes Performativas. Uma iniciativa d’O Espaço do Tempo em colaboração com o Teatro Nacional D. Maria II e o TBA.
Classificação Etária: A classificar pela CCE