Abril no Museu do Aljube
Para além do espectáculo Amores na Clandestinidade, o Museu do Aljube - Liberdade e Resistência evoca também o 25 de abril com a exposição "8998 Pomar" que nos mostra uma seleção de desenhos, gravuras e pinturas do pintor Júlio Pomar, num feliz encontro com o Museu-Atelier Júlio Pomar; uma conversa com Margarida Tengarrinha em torno do seu livro "Memórias de uma Falsificadora" e uma peça de teatro baseada na mesma obra; um peddy paper "Pelos Caminhos da Liberdade"; uma visita orientada à exposição permanente do museu e um concerto intimista com o músico Rogério Charraz e o compositor João Monge a partir do álbum “Cantigas do Maio” de Zeca Afonso (dia 25).
Lançamos ainda um desafio coletivo: colar à janela o cartaz “Coragem, hoje abraços amanhã”, disponível no site do museu, transformando assim esta frase numa mensagem global de esperança num futuro melhor.
8 de abril a 30 de junho, 11h - 17h
Exposição temporária 8998 POMAR (Espaço das Exposições Temporárias - Museu do Aljube)
Um feliz encontro entre o Atelier-Museu Júlio Pomar e o Museu do Aljube Resistência e Liberdade deu origem a esta exposição onde se apresenta uma seleção de diferentes núcleos de desenho, gravura e pintura, mas também documentos alusivos a obras e episódios de censura que remetem para o período de clausura, e de perseguição pela PIDE ao pintor Júlio Pomar. Poucos ainda sabem, ou melhor, menos dos que seria necessário, que o pintor foi o preso n.º 8998 do Registo Geral de Presos da PIDE, e que esteve preso em Caxias, entre março e agosto de 1947, devido à sua participação em ações de resistência ao regime.
Curadoria de Sara Antónia Matos e Rita Rato
22 de abril, 18h30
MEMÓRIAS DE UMA FALSIFICADORA, Conversa com Margariga Tengarrinha (Auditório do Museu do Aljube)
A partir do seu livro conversamos com Margarida Tengarrinha sobre as suas memórias de clandestinidade e resistência ao fascismo.
Inscrição prévia: inscricoes@museudoaljube.pt
24 de abril, 10h
Peddy-paper PELOS CAMINHOS DA LIBERDADE
Percorrer os caminhos dos que abriram as portas de Abril – do Terreiro do Paço ao Largo do Carmo, da Misericórdia à antiga sede de PIDE, na Rua António Maria Cardoso. Partimos à descoberta de alguns dos locais e momentos determinantes do dia 25 de Abril de 1974, abordando a temática da resistência à ditadura, o percurso e a história da conquista da liberdade.
Inscrição prévia: inscricoes@museudoaljube.pt
24 e 25 de abril, 10h
VISITA ORIENTADA À EXPOSIÇÃO DE LONGA DURAÇÃO (Museu do Aljube)
Os visitantes iniciam o percurso museológico no memorial de homenagem aos presos políticos e no painel sobre a história do edifício; no piso 1, a caracterização do regime ditatorial português (1926-1974), os seus meios de repressão e opressão (a censura, as polícias e os tribunais políticos). No piso 2, a resistência das oposições (semi-legais e clandestinas), a prisão, a tortura, os curros de isolamento. No piso 3, a luta anticolonial e os movimentos independentistas de libertação, o derrube da ditadura e o 25 de Abril de 1974.
Inscrição prévia: inscricoes@museudoaljube.pt
25 de abril, 11h
Concerto 50 ANOS DAS "CANTIGAS DO MAIO" DE ZECA AFONSO (Auditório do Museu do Aljube)
Concerto intimista com o músico Rogério Charraz e o compositor João Monge a partir do álbum “Cantigas do Maio” de Zeca Afonso.
Inscrição prévia: inscricoes@museudoaljube.pt
26, 27, 28 e 30 de abril, 19h
Teatro RASCUNHOS - MEMÓRIAS DE UMA FALSIFICADORA (Auditório do Museu do Aljube)
Joaquim Horta adapta ao teatro o livro de Margarida Tengarrinha Memórias de Uma Falsificadora – A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugal, que conta como a autora usou a sua habilidade de artista plástica e estudante de Belas Artes ao serviço da falsificação de documentos, garantindo o trabalho dos resistentes à ditadura de Salazar.
A vontade de adaptar Memórias de Uma Falsificadora parte de uma frase escrita por Margarida Tengarrinha no seu livro: “Quando leio relatos de vários camaradas, que já foram publicados, constato que falam de factos políticos importantes, momentos altos e heróicos da luta, mas nunca abordam estas questões do quotidiano que nós, mulheres, vivemos pacientemente. Será que foi menos heróico aquele nosso dia-a-dia desgastante e obscuro?” É pensando num retrato do quotidiano no período entre 1948 a 1974 que o ator e encenador parte para este novo espetáculo, usando as palavras e ideias de Margarida Tengarrinha.
Ficha Artística
Encenação: Joaquim Horta
Interpretação: Catarina Requeijo
Inscrição prévia: inscricoes@museudoaljube.pt