Lisboa Soa
Em 2020, o festival Lisboa Soa está de regresso e terá lugar em diferentes espaços da cidade. Acontece no âmbito da Lisboa Capital Verde Europeia e propõe uma (re)descoberta da cidade pelos ouvidos, num ano particularmente marcado pelo silenciamento forçado das nossas cidades, em que a escuta ganhou novos horizontes.
Em Março deste ano, tornou-se claro que o programa que estava inicialmente previsto não podia ser desenvolvido e o Lisboa Soa procurou adaptar-se e responder ao desafio, juntando-se dessa forma ao espírito resiliente demonstrado por toda a população durante este período de grandes incertezas. Foi neste contexto que o festival lançou uma open call para atribuição de seis bolsas de criação a artistas portugueses, ou residentes em Portugal, interessados em explorar o formato da instalação ou escultura sonora. Muitas outras surpresas, bem como os locais das apresentações, serão anunciadas mais perto da data.
INSTALAÇÕES SONORAS
22 a 27 de setembro
Dias 22, 23, 24 e 25 das 14h às 18h; Dias 26 e 27 das 11h às 18h
Campo Mártires da Pátria
ENVIRONMENTAL BIKES LAB
Kaffe Mathews
Inventada por Kaffe Matthews, a Sonic Bike evoluiu ao longo de 12 anos de projetos internacionais e continua a ser pesquisada e desenvolvida para expandir os potenciais de composição e as experiências auditivas únicas que ela cria. No Lisboa Soa, a artista apresenta pela primeira vez a sua mais recente criação, uma nova fase do ciclismo sónico, a Environmental Bike, uma bicicleta que transmite som e música a partir da qualidade do ar que um ciclista percorre. Desta forma, o ciclista percorre a cidade para ouvir e registar a qualidade do ar ao seu redor.
Seleção Open Call
24 a 27 setembro
10h – 18h30
Centro de Interpretação da Estufa Fria de Lisboa
COMPASSO INCERTO
Coletivo Suspeito
Compasso Incerto é um habitáculo instável, tornado objeto sonoro pela ativação do público que o explora. A capacidade de equilíbrio e força de cada utilizador serão as ferramentas que tornam única quer experiência como a composição sonora, que reagirá apenas ao corpo humano e ao
seu próprio movimento, ritmo e destreza.
Estufa Fria de Lisboa
MYSTICETI
Eunice Artur
O projeto explora a íntima relação entre a humanidade e a natureza. Corresponde a uma escultura/performance onde o som, o desenho inscrito na própria matéria tridimensional, a escultura, terá uma componente assente numa construção e num encontro improvisado, composto em tempo-real em residência ou ‘in situ’. Fala de uma viagem. Esta é uma história sobre o canto das baleias e o canto nómada, a dualidade mar e terra, o respeito pelo movimento natural das coisas e da vida. Estufa Fria de Lisboa
CORO
Gonçalo Alegria
Na tragédia grega, o Khoros desempenha a função de dar informação e situar na peça o espectador. Aqui, recorremos à mesma técnica, deixando uma série de cabeças animadas que sustentam o que o colectivo uniforme diz, uma voz que torna o espetador passante alvo da sua contracena, que
se vê agora como um ator sem guião. O texto usado é retirado da obra da Electra, de Sófocles.
Jardim do Torel
CORPO CLIMA
Nuno da Luz
Usando apenas energia cinética causada pela deslocação das massas de ar pela cidade – ventos e brisas, pretende-se criar uma série de pequenos espanta-espíritos na senda daqueles que se podem encontrar um pouco por toda a Ásia, com especial enfoque nas cidades do Japão. Lá, os espanta-espíritos (ou Furin) são considerados tanto como talismãs, como geradores de frescura: o seu som que ocupa maioritariamente
frequências altas, é considerado como um som “fresco” e “frio” que consegue baixar a sensação térmica, de forma acústica, dos verões quentes e húmidos que se sentem no Japão.
Garagem EPAL
NON-PLACE
Nuno Mika
Não-Lugares são espaços de transitoriedade onde os seres humanos permanecem anónimos e sem qualquer relação suficiente para serem considerados “lugares”, segundo o antropólogo francês Marc Augé. Como é o caso dos transportes, que desempenham um papel vital na sociedade e na economia. A nossa qualidade de vida depende de um sistema de transportes eficiente e acessível. Simultaneamente, os transportes são uma fonte de poluição atmosférica, consumindo um terço de toda a energia no mundo e sendo a maior fonte de ruído do mundo.
Reservatório da Mãe d'Água, Amoreiras
ILHAS – UMA CONSTELAÇÃO
Sara Anjo
“llhas – uma constelação” é uma série de áudio-coreografias, um conceito inventado por resultar de um trabalho sonoro pensado a partir do corpo e do movimento e refletem acerca de três gestos primordiais da humanidade: respirar, caminhar e parar. Para além dos três gestos matriciais, este trabalho aborda o imaginário da viagem e da geografia insular, partindo da ideia que ilha é um corpo rodeado de mar e vive embalado pela alternância das marés. Para além das 6 obras selecionadas por open call, poderemos encontrar outras instalações sonoras que ocuparão, durantes estes quatro dias, diferentes espaços.
Palácio Sinel de Cordes, Trienal de Arquitetura de Lisboa
FICTIONAL FORESTS
Gil Delindro
Fictional Forests é uma instalação Sonora e Novos Media, uma espécie de Ready-made natural, onde a sala de exposição se torna uma incubadora de experiências sensoriais com organismos vivos, que através de uma nova observação, assumem formatos acústicos inesperados. Espécimes de plantas vão ser escolhidas de acordo com as suas características acústicas, e posteriormente transplantadas para um novo espaço enquanto
elementos mecânicos de uma instalação eletroacústica.
Mercado de Santa Clara
ECHOPLASTOS
Henrique Fernandes e Tiago Ângelo
Instalação sonora onde a ressonância (echo) é moldada (plastos) por materiais sintéticos, tóxicos e poluentes. Sendo um paradoxo da sociedade contemporânea, a conceção urbana de ecologia social confronta-se com a necessidade de libertação do meio que ambiciona – a comunhão em
grande escala. Ainda assim, são os pequenos gestos que muitas vezes nos indicam novas direções e alternativas mais sustentáveis perante um futuro iminentemente catastrófico. Damos um passo de cada vez, o possível e o necessário.
Itinerante
WOODPECKERS
Marco Barotti
Vários pica-paus mecânicos transformam em tempo real as radiações invisíveis usadas para comunicação móvel e tecnologia sem fio em padrões de percussão acústica audíveis e visíveis. O resultado sonoro é uma composição acústica generativa, que sofre constantes transformações. Uma paisagem sonora ao vivo que ressoa como um conjunto de tambores invasores em ambientes urbanos e naturais.
Estufa Fria de Lisboa
CLAMS
Marco Barotti
Na natureza, as ameijoas (clams) são detetoes de poluentes, servem como pequenos sistemas de filtragem. Inspirado por esse processo natural, Marco Barotti apresenta uma instalação de som cinética acionada pela qualidade da água. Som e movimento unem-se para criar uma experiência que permite ao público ver e ouvir a qualidade da água em tempo real. As esculturas são feitas com plásticos industriais reciclados e pretende-se consciencializar para a poluição da água.
Largo da Severa
LISBOA SEM TÍTULO
Ana Água, Carmo Rolo e Ricardo Guerreiro
Uma mulher imigrante sente saudades da Lisboa que já chamou sua e sai para a rua no seu encalço. Pelo caminho ouvem-se vozes, ora nostálgicas ora críticas, sobre a cidade e sobre a mudança. Esta instalação resultou da contribuição voluntária de várias pessoas que participaram na ação Correio das Palavras tendo o texto de Shahd Wadi servido como espinha dorsal do texto final. O Correio das Palavras faz parte de uma
pesquisa informal e artística, promovida pelo Centro de Inovação da Mouraria e pela Associação Bairros, no âmbito da articulação destas entidades com o território.
PERFORMANCES
24 setembro
Garagem EPAL (Terraço)
18h30
UNÍSSONO
Nuno Veiga e Yola Pinto
Uníssono é uma peça de improvisação que propõe o movimento como veículo de criação e composição sonora em paralelo com o espaço acústico envolvente. Uma criação de Nuno Veiga (som), lançando o convite a vários bailarinos e coreógrafos. Aqui com Yola Pinto (movimento) numa vertente experimental, em uníssono com o espaço nas suas diversas frequências, numa amplificação conjunta de escuta dos lugares onde acontece.
19h30
SE SE DESSE UM CORPO AO BULÍCIO
Nuno Rebelo e Constanza Brncic
Se se desse um corpo ao bulício é um projeto de improvisação que explora o território comum ao gesto performativo e à produção de sons, propondo continuamente a criação de composições que flutuam entre o acaso e o necessário. Os intérpretes utilizam diversos objetos e instrumentos que, seja em acústico ou amplificados, vão produzindo espaços sonoros e simultaneamente geram imagens e ações. O resultado é uma peça que se move entre o concerto e a performance.
25 setembro
Jardim do Goethe Institut
17h30
(DO) RURAL – RETROPROJECTORES SONOROS
Luís Antero e João Lourenço
A partir de algumas das paisagens e marcos sonoros da Beira Serra, assim como de elementos naturais dos locais gravados, (retro)projectam-se imagens líquidas telúricas. É o rural que se transporta para a cidade e nela se funde como coisa una.
18h30
ADRIANA SÁ E JOHN KLIMA
Adriana Sá e John Klima interagem com os sons à nossa volta utilizando um instrumento de cordas construído com diversos materiais reciclados. O instrumento tem uma ressonância extraordinária, prolongando sons graves e plenos de harmónicos por muito tempo; através dele os artistas descobrem e desenvolvem vocabulário musical para quatro mãos.
19h30
THE CONSTRUCTION OF TIME
Vitor Joaquim e João Silva
Esta proposta de concerto tem uma natureza combinatória de dois elementos: por umlado corresponde a material pré-existente e composto, que se encontra neste momento em fase final de produção discográfica. Por outro lado, numa perspetiva combinatória, na sua concretização ao vivo, pretende-se produzir um concerto com características site-specific, isto é, cuja formulação e apresentação tenha em consideração os aspectos
arquitetónicos do lugar, assim como, e fundamentalmente, as suas qualidades acústicas. Nesta lógica, pretende-se fazer uma apresentação que de alguma forma se adapte à natureza do espaço, fazendo-o florescer e funcionando de forma não intrusiva, respeitando também as suas possíveis
fragilidades acústicas em termos de volume sonoro, ao mesmo tempo que se explora a sua espacialidade.
26 setembro
Pátio da Galeria Monumental
11h
CONCERTO PARA UMA ÁRVORE
Fernando Mota
Crianças e famílias
Concerto para uma árvore marca o início de uma pesquisa à volta de objectos sonoros e instrumentos musicais experimentais criados a partir de árvores e outros materiais naturais. O instrumento Hárvore foi criado a partir de um carvalho cortado numa limpeza de terrenos na Serra de Montemuro em Fevereiro deste ano. Durante a quarentena, esta pequena árvore foi-se lentamente transformando num instrumento musical,
com cordas esticadas entre os seus ramos e sinos em lugar de flores.
Jardim Bordalo Pinheiro, Museu de Lisboa
14h30
ORGANISMUS KATHÁRSIS II
Francisca Marques e Inês Pereira
Organismus Kathársis II é uma performance orientada para a purga de toxinas emocionais através da expressão sonora. Tem como objetivo a ativação de um estado energético criado por um conjunto de elementos que compõem o organismus que, com recurso à voz, percussão de instrumentos metálicos e uma série de ritos, atingem um estado de Kathársis colectiva. Propõe-se um ato de comunhão, uma ação espiritual, uma expansão da perceção do espaço interior do corpo e da sua projeção para uma estrutura de suporte sobre a qual lançamos os medos e as frustrações. Um lugar de cura e de permissão.
Pavilhão Branco, Museu de Lisboa
17h
SONOSFERA ZERO
Vitor Rua: guitarra eléctrica processada
O nosso cérebro e sistema auditivo, têm a capacidade extraordinária de criar silêncio de forma a que situações do dia a dia como mastigar, não se tornassem em sons interiores terríveis. Neste concerto, pretende-se uma música que não contenha esse atributo (que o cérebro possui), e sendo assim ela residirá em sons parasitas que nós gostaríamos que não existissem, mas que sobrevivem à fauna sónica que nos rodeia diariamente: uma Punksfera Celestial.
Mercado de Santa Clara
19h
ECHOPLASTOS (Performance sonora), Henrique Fernandes e Tiago Ângelo
A partir da instalação sonora “ Echoplastos” e no sentido de ativar outros elementos de significação , provoca-se, a partir de curtas ações performáticas o diálogo com a mesma e com o público, onde o condicionamento e interferência nos atos de escuta e perceção auditiva são dois elementos centrais
Panteão Nacional
21h
CAMPO PRÓXIMO
Diogo Alvim e Matilde Meireles
Campo Próximo é uma peça sonora que trabalha a perceção e a construção de lugares, interligando locais remotos com o espaço em que é apresentado. Para cada versão são realizadas gravações de campo (som e imagem) a partir de uma estratégia de relação com o espaço de apresentação. Os materiais daí provenientes são apresentados por um período de tempo proporcional à distância entre o lugar original e o de
escuta. O diálogo entre as diferentes paisagens sonoras e a sala vai acelerando até o ponto de total convergência em que a arquitetura e a própria presença do público se tornam os protagonistas da proposta musical daí resultante.
22h
ANGÉLICA SALVI E JOÃO PAIS FILIPE
Concerto imersivo que junta a harpista Angélica Salvi com o percussionista João Pais Filipe. Angélica Salvi toca harpa com recursos eletrónicos, tendo lançado o aclamado álbum “Phantone” em 2019. João Pais Filipe, que editou “Sun Oddly Quiet” em abril deste ano, é um impressionante percussionista que constrói gongos, pratos e outros instrumentos de percussão.
27 setembro
Pátio da Galeria Monumental
11h
CONCERTO PARA UMA ÁRVORE
Fernando Mota
Concerto para uma árvore marca o início de uma pesquisa à volta de objectos sonoros e instrumentos musicais experimentais criados a partir de árvores e outros materiais naturais.
Reservatório da Mãe d'Água, Amoreiras
15h
ILHAS - UMA CONSTELAÇÃO
Sara Anjo
A partir da instalação sonora “Ilhas – uma Constelação”, Sara Anjo apresenta uma performance onde introduz a presença do corpo, explorando os elementos de vibração, pulsação e andamento.
Pavilhão Branco, Museu de Lisboa
17h
AVALON (2001)
Raw Forest
O título, é uma referência ao filme de ficção científica de 2001 de Mamoru Oshii. Encontramo-nos na cena final. Numa realidade aparentemente perfeita. Ao fundo, como premonição e em disrupção uma ópera da Orquestra de Varsóvia ouve-se em tom épico e dramático.
Estufa Fria de Lisboa
18h
GABRIEL FERRANDINI
Nascido na Califórnia em 1986, Gabriel Ferrandini é geralmente encontrado na cena musical livre e improvisada. Há alguns anos decidiu reinventar-se e dedicar-se à composição. Desenvolveu então um projeto solo, interessado principalmente em explorar os contrastes entre o acústico e os sons amplificados, combinando seu habitual kit de bateria com pedais do volume, subs pesados, baixas frequências e feedbacks. É uma experiência intensa, fisicamente e sonicamente, que nos vai fazer questionar os limites da música.
19h
FOLIO I. (CATÁLOGO POÉTICO)
Joana Sá e Luis J Martins
Colocando em ressonância o contexto atual com a ideia de ‘morte’ de um teatro, enquanto espaço de apresentação, Joana Sá e Luís J Martins iniciam aqui a primeira entrada de um ‘catálogo poético’: Folio I. Questionando práticas e formatos musicais, o duo irá trabalhar sobre a ideia de experiência musical enquanto vestígio, ‘ressonância entre’, traço (in)tangível. Neste sentido e enquanto nova criação, Folio I. propõe-se como performance-à-escuta que capta, desconstrói e se realimenta de experiências /recursos/objetos em ressonância com o tempo, o espaço envolvente e a cidade.
PASSEIOS SONOROS
26 setembro
10h
O QUE ESTÃO A OUVIR, NÃO É O QUE EU ESTOU A OUVIR
Caminhada com Álvaro Fonseca e Francisco Pinheiro
Mais informações e inscrições através de lisboasoa@gmail.com; máximo de 15 participantes; duração: 2h30; Percurso circular.
Esta caminhada será pretexto para o coletivo West Coast partilhar algumas das suas experiências no rio Tejo, criando um paralelismo entre o ambiente sonoro da cidade e os lugares ribeirinhos por onde tem estado com o projeto Guarda-Rios. A partir de ações de escuta, pensaremos em conjunto a nossa relação com a cidade e as arquiteturas que nos levam ao rio. Álvaro Fonseca e Francisco Pinheiro fazem parte do colectivo West
Coast, que tem desenvolvido um trabalho de criação e investigação a partir de diferentes rios do país, através do seu projeto Guarda-Rios.
27 setembro
10h
WATER WALK
Margarida Mendes
Mais informações e inscrições através de lisboasoa@gmail.com; máximo de 15 participantes; duração: 1h30; Percurso frente ribeirinha. Tomando o rio Tejo como ponto de partida para uma reflexão ecocrítica sobre a dimensão sónica dos ecossistemas aquáticos, este passeio narra a cidade expandida através da lente do rio, analisando o som como um vetor que define relações interespécies. Refletiremos como os resíduos sónicos da industrialização e do turismo afetam comunidades costeiras e aquáticas, debatendo as principais infraestruturas em desenvolvimento. Esta caminhada faz parte da pesquisa de Margarida Mendes sobre literacia costeira e ecologia acústica e incluirá exercícios de escuta acima e abaixo da linha d’água.
PROGRAMA ONLINE
24 setembro
21h30
SYMPATHETIC RESONANCES
Ellen Fullman
Ellen irá demonstrar uma nova interface que projetou para mapear e tocar as harmónicas e afinações naturais de um quarteto de cordas. Ela tocará o seu Long String Instrument e observará as ressonâncias que se desenvolvem quando as frequências são adicionadas a partir de um sampler midi sintonizado apenas em afinação justa e controlado com um iPad.
25 setembro
21h30
VIRTUAURAL SELF-IMMERSION LIVE STREAMING BINAURAL HEADPHONE CONCERT
Francisco López
Reconhecido internacionalmente pela intensidade, riqueza e detalhes de áudiosurpreendentes das suas performances imersivas ao vivo no escuro, o compositor/artista de áudio Francisco López tem surpreendido um pouco por todo o mundo com as suas experiências sonoras com sistemas
surround multicanal. Criadas a partir de uma infinidade de ambientes sonoros originais, naturais e artificiais, captadas por todo o mundo, não são paisagens sonoras, mas sim mundos virtuais não representacionais de som (“não realidade virtual, mas virtualidade real”), onde o ouvinte desen volve a sua própria experiência. Para este evento, López criará uma performance online ao vivo especial com o seu novo sistema para transmitir experiências imersivas de fones de ouvido binaurais.
26 setembro
11h30
DEEP LISTENING
ONLINE WORKSHOP
Ximena Alarcon
A prática de Deep Listening® desenvolvida por Pauline Oliveros, IONE e Heloise Gold, convida-nos a expandir a nossa consciência do som e como ele viaja através do tempo e do espaço, em lugares próximos e distantes. Através de meditações sonoras, exercícios de energia corporal,escutando o mundo dos sonhos e incorporando a Internet como meio de expansão da nossa presença, os participantes praticarão formas de ouvir num presente partilhado.
27 setembro
15h30
MIKHAIL KARIKIS
Mostra de filmes
No seu trabalho de imagem em movimento, performance, som e fotografia, Mikhail Karikis colabora com comunidades localizadas fora do contexto da arte contemporânea e busca estratégias que ampliem as vozes daqueles que podem ser esquecidos, marginalizados ou negligenciados estruturalmente. Mikhail utiliza a escuta e o vídeo para questionar a dinâmica do poder entre o visível e o inédito e como formas de ativismo e cuidado.
Filmes:
Ferocious Love (2020), comissariado por Tate and Birmingham City University
No Ordinary Protest (2018), comissariado por Whitechapel Gallery, Film & Video Umbrella, MIMA
Children of Unquiet (2014), comissariado por Sheffield International, Radio Papesse and 19th Biennale of Sydney
Sounds from Beneath (2012), comissariado por Whitstable Biennale