O historiador Esmat Elhalaby foi o vencedor da primeira edição do Prémio Amílcar Cabral, promovido pelo Instituto de História Contemporânea e pelo Padrão dos Descobrimentos / EGEAC.
Elhalaby é Professor Auxiliar de História Transnacional na Universidade de Toronto, especializado em história do Oeste e Sul da Ásia e apresentou a concurso o artigo “Empire and Arab Indology”, publicado na revista Modern Intellectual History (Cambridge University Press, CUP).
Considerou o júri do concurso, constituído por Manuela Ribeiro Sanches, Francisco Bethencourt e António Tomás, que o artigo “apresentava uma abordagem particularmente inovadora a um tema pouco estudado, o percurso de Wadi’ Al-Bustani, advogado, activista, poeta, tradutor e comentador de obras canónicas da indologia para o árabe, oferecendo, assim, um exemplo de uma forma de se praticar uma história intelectual que não ignore perspectivas e contactos Sul-Sul”.
Foram ainda atribuídas duas menções honrosas: a Oliver Crawford, da London School of Economics, com o artigo “Translating and Transliterating Marxism in Indonesia,” publicado na Modern Asian Studies (CUP); e a Ismay Milford, da Universidade de Edimburgo, pelo artigo “Federation, Partnership, and the Chronologies of Space in 1950s East and Central Africa”, publicado na The Historical Journal (CUP).
Uma iniciativa conjunta do IHC e do Padrão dos Descobrimentos / EGEAC, o Prémio Amílcar Cabral foi lançado a 10 de Junho de 2021, visando “promover a investigação científica e o debate público sobre as resistências anti-coloniais e os processos coloniais que marcam a história do mundo, do século XV até à actualidade”. Consiste numa bolsa de investigação em Lisboa, cobrindo os custos de viagem e estadia, bem como as respectivas ajudas de custo. O programa científico e cultural relativo à estadia do vencedor será anunciado no início de 2022.