Com um longo percurso ligado ao património, Maria Antónia Amaral foi selecionada no processo de recrutamento, aberto pela EGEAC, para dirigir um dos mais emblemáticos monumentos nacionais, com mais de 2 milhões de visitantes por ano.
Licenciada em História, variante Arqueologia, e com uma especialização em Assuntos Culturais no Âmbito das Autarquias, pela Universidade de Coimbra, a arqueóloga, que realizou, em 2010, um estágio curricular em Economia e Gestão Cultural na Université Paris Dauphine, desempenhava funções de técnica superior do Departamento de Estudos, Projetos, Obras e Fiscalização da Direção-Geral do Património Cultural.
Maria Antónia Amaral integrou, em 1991, a Comissão para o Inventário do Bens Culturais Móveis do Ministério da Cultura, exercendo funções no Museu Nacional Grão Vasco, no Museu de Lamego e no Museu Nacional Machado de Castro. Trabalhou como arqueóloga na Direção Regional do IPPAR de Coimbra, no IGESPAR e na Direção Regional de Lisboa e Vale do Tejo, onde exerceu o cargo de Diretora do Departamento dos Bens Culturais. Desenvolveu vários projetos ligados à arquitetura militar em castelos medievais (Marialva, Pinhel e Alcanede) e em dois campos de batalha da crise de 1383-1385 (Aljubarrota e Trancoso).
A nova diretora do Castelo de S. Jorge tem por missão propor e executar uma estratégia integrada que incida sobre o estudo, conservação e valorização cultural do monumento nacional, a fidelização e o crescimento dos públicos e o desenvolvimento dos serviços educativos.
CASTELO DE S. JORGE
Monumento nacional, o Castelo de S. Jorge integra a zona nobre da antiga cidadela medieval (alcáçova), constituída pelo castelo, os vestígios do antigo paço real e parte de uma área residencial para elites. A fortificação foi construída, pelos muçulmanos, em meados do século XI. Após a conquista de Lisboa, em 1147, por D. Afonso Henriques, até ao início do século XVI, o Castelo de S. Jorge foi um importante espaço cortesão. Os vestígios do antigo paço real e a alcáçova islâmica foram redescobertos no século XX e várias investigações arqueológicas, já no final do século, constataram a antiguidade da ocupação no topo da colina e confirmaram o inestimável valor histórico do Castelo de S. Jorge.