O teatro e o museu foram distinguidos com os Prémios Valmor atribuídos ontem pela Câmara Municipal de Lisboa.
O projeto de requalificação do LU.CA – Teatro Luís de Camões, da autoria dos arquitetos Manuel Graça Dias e Egas José Vieira, do atelier Contemporânea, mereceu o Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura 2018. A intervenção, que teve lugar entre 2015 e 2018, foi profunda devido ao estado de conservação do edifício, sobretudo na caixa de palco e zonas administrativas.
A renovação da Casa Fernando Pessoa (entre 2019 e 2020), que permitiu tornar o edifício mais acessível, sustentável e aumentar consideravelmente a área expositiva, recebeu a Menção Honrosa 2020. O projeto de arquitetura é da autoria de José Adrião Arquitectos, desenvolvido com base num novo projeto museográfico.
Atribuído desde 1902, o Prémio Valmor visa promover e incentivar a qualidade arquitetónica da construção na cidade de Lisboa. Na cerimónia, que decorreu nos Paços do Concelho, foram atribuídos os prémios e menções honrosas referentes aos anos de 2018, 2019 e 2020, resultantes da apreciação de 777 obras, tendo sido atribuídas nove distinções: um Prémio e duas Menções Honrosas por cada ano.
No universo da empresa, são agora seis os espaços distinguidos no âmbito deste histórico prémio que foi atribuído ao Cinema São Jorge (em 1950) e ao Capitólio (em 2016). A moradia onde residiu o fundador do Museu Bordalo Pinheiro e onde está instalado o museu e o projeto de recuperação e valorização do Teatro Romano receberam duas menções honrosas, respetivamente em 1914 e 2014.