O Pavilhão Julião Sarmento, um novo centro de arte contemporânea, em Lisboa.
Ponto de confluência para uma programação que vai além das exposições, este espaço propõe o encontro das artes plásticas com o cinema, a literatura, a música ou a moda, refletindo o espírito transversal que caracterizou a vida e a obra de Sarmento.
O museu situa-se em Belém, num edifício contíguo a alguns dos mais emblemáticos equipamentos culturais e museológicos da cidade.
Com base na coleção de Julião Sarmento, a cidade reforça a dimensão contemporânea e cosmopolita constelando as figuras artísticas já consagradas com as gerações vindouras da Arte Contemporânea.
O projeto arquitetónico e a visão estratégica cultural
O edifício, propriedade do município de Lisboa e originalmente um armazém de alimentos, foi alvo de uma profunda reabilitação arquitetónica conduzida por João Luís Carrilho da Graça para dar lugar a um espaço único na sua escala, missão e identidade.
O projeto nasce com a missão de preservar, estudar, ativar e partilhar a importante coleção privada do artista Julião Sarmento (1948–2021), constituída por cerca de 1 500 obras de arte, reunidas ao longo de décadas com um olhar singular e profundamente afetivo com a comunidade artística da qual era um dos protagonistas.
Uma nova instituição para o cruzamento de linguagens
Mais do que um museu tradicional, o Pavilhão Julião Sarmento, sob a direção da curadora Isabel Carlos, afirma-se como um centro de arte vivo, orientado para a experimentação, a produção e o cruzamento de conhecimentos artísticos. Concebido “de um criador para outros criadores”, o espaço apresenta-se como um lugar de proximidade entre artistas, públicos, investigadores e comunidades, com uma programação que vai muito além das exposições temporárias. Aqui, as artes plásticas encontram-se com o cinema, a literatura, a performance, a música ou a moda, refletindo o espírito transversal que caracterizou a vida e a obra de Sarmento.
Entre os objetivos da instituição destacam-se:
– A apresentação regular da coleção através de exposições temáticas e de núcleos de artistas;
– A ativação da coleção por meio de programas públicos multidisciplinares;
– A construção de uma comunidade artística ativa e comprometida com a contemporaneidade.
Exposição inaugural: TAKE 1 – A Coleção do Artista Julião Sarmento com curadoria de Isabel Carlos
A exposição propõe dois grandes núcleos temáticos: Arte e Vida, centrado na amizade, amor, partilha e celebração entre artistas; e Espaço e Arquitetura, revelando o fascínio do artista pelo habitar, pela construção do desenho arquitetónico e pela materialidade.
Entre os artistas representados encontram-se nomes fundamentais da arte contemporânea internacional como Marina Abramović, Ernesto Neto, Robert Morris, Juan Muñoz, Cristina Iglesias, Rui Chafes, Richard Long, Lawrence Weiner, Ângela Ferreira, John Baldessari, Rita McBride, entre muitos outros. A coleção, marcada pela proximidade afetiva e por trocas entre pares, reflete um entendimento profundo da arte enquanto campo expandido de relações, desejo e consciência.
Pavilhão Julião Sarmento – Avenida da Índia 172, 1400-207 Lisboa
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