Amores na Clandestinidade | André Amálio
Durante o longo período que durou a ditadura Portuguesa toda a resistência e oposição foi perseguida, sendo uma grande parte da luta antifascista feita na clandestinidade. Esse mundo underground que foi sendo criado implicava que pessoas assumissem outros nomes, novas identidades, novas profissões e, muitas vezes, casamentos e relações amorosas que nunca chegaram a ter. Por outro lado, muitos dos casais que se formaram dentro desse combate, casaram-se, tiveram filhos, mantiveram as suas famílias enquanto enfrentavam tortura e penas de prisão, sendo muitas vezes essas relações amorosas e familiares que os mantiveram vivos e à sua luta e resistência.
Este trabalho de teatro documental, criado por André Amálio e Tereza Havlíčková, analisa as relações afetivas e familiares através de entrevistas feitas às pessoas que participaram na luta antifascista em Portugal, assim como aos seus filhos que cresceram acompanhando os seus pais e, muitas vezes, na ausência destes.
André Amálio conta-nos as histórias de amor reais em que se baseia a peça documental Amores na Clandestinidade e de como faz sentido encená-las no Museu do Aljube - Resistência e Liberdade.